Tudo depende do conhecimento: pensar, raciocinar, decidir, fazer. Mas essa ideia gera um gap (lacuna, brecha, diferenciação) a partir do momento em que a conceituação de Gestão do Conhecimento é tida de forma errônea. Segundo Drucker, conhecimento é a informação que transforma algo ou alguém no sentido de realizar ações ou em função de dotar o indivíduo/instituição da capacidade de agir de maneira diferente ou mais eficiente. Conhecimento significa informação estruturada e capaz de gerar e agregar valor.
O conhecimento é mais do que uma pessoa ou grupo de pessoas sabe e conhece. Ele é também o que a organização sabe e conhece - continuamente agregado a partir de fontes internas e externas por anos ou décadas.
Mas o conhecimento não é formado ao acaso. Ele precisa ser administrado. A Gestão do Conhecimento (GC) é o processo através do qual as organizações geram valor a partir de seu capital ou ativos intelectuais. Quando se fala em geração de valor, isso implica em compartilhar e aproveitar os ativos intelectuais entre os colaboradores, gerentes e dirigentes. Representa o esforço para descobrir e aprender novas e melhores práticas, novas e melhores soluções. O conhecimento é a base do capital intelectual das organizações.
O capital intelectual representa o inventário de conhecimentos gerados pela organização e expressos como:
- Tecnologia: patentes, processos, produtos e serviços;
- Informação: conhecimento de clientes, fornecedores, concorrência, entorno, oportunidades e pesquisa;
- Habilidades desenvolvidas pelos colaboradores;
- Solução de problemas em equipe, comunicação, gestão de conflitos, desenvolvimento de inteligência.
Tudo isso unido e orientado para criar valor agregado de forma contínua para todos os membros da instituição. Em poucas palavras, é a soma do que sabem todos em uma organização e que lhe proporciona uma vantagem competitiva no mercado e em relação ao seu futuro. Ou seja, é o famoso CHA - conhecimento, habilidade e atitude.
A Gestão do Conhecimento trata da identificação do que se sabe ou do que se deve saber dentro da organização. Significa criar, capturar, arquivar, organizar, sistematizar, disseminar e aplicar o conhecimento, informação e expertise entre os colaboradores com interesses e necessidades similares para criar inovação e gerar retorno. Em resumo, a GC está vinculada à decisão sobre qual é o conhecimento crítico que importa realmente à organização e que serve aos seus propósitos e proporciona resultados. A maior parte dos sistemas de GC é facilitada pelas tecnologias da internet. Apesar da base tecnológica (hardware e software), a GC é muito mais sobre pessoas, relações de trabalho e comunicação. Na verdade, é uma filosofia administrativa que combina boas práticas em GC proposital com uma cultura de aprendizagem organizacional no sentido de melhorar o desempenho dos negócios.
Idalberto Chiavenato, Gestão de Pessoas. Rio de Janeiro, editora Elsevier, 1929, p. 398.
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