sábado, 21 de março de 2015

ELABORANDO UM CURRÍCULO


     Ao elaborar um currículo, o que fazer? Quais informações colocar, deve haver ordem ao apresentá-las? Cabe dizer que não há complexidade alguma em fazer isto. Ainda assim, muitos têm dúvida!
     O currículo é o instrumento pelo qual a empresa terá o primeiro contato com o candidato. Por isso devemos ter preocupação quanto ao design limpo e bem estruturado, pois através do mesmo, será possível captar quais suas competências e de que maneira elas atribuirão valor à organização. Mas como devemos apresentar todas as informações? Vejamos:

  • Seja discreto:  é preciso despertar a atenção do recrutador, mas não é com bordas, páginas coloridas ou fontes desenhadas que se faz isso. Lembre-se: o currículo é um documento formal. Procure usar páginas lisas e fontes padrões (Arial, Times, Verdana, Tohama).
  • Busque manter a objetividade: Para que contar tudo em seu currículo se haverá um momento para isto? Duas folhas são mais que o suficiente para se apresentar ao selecionador. Coloque apenas informações necessárias e compatíveis com a vaga desejada.  Quanto mais você fala, mais perde pontos.
  • Dê ênfase às informações pessoais: além de conhecer as habilidades técnicas, os recrutadores precisam identificar facilmente a quem elas se referem, se o perfil do candidato é adequado à vaga e, principalmente, como contatá-lo em caso de interesse. Portanto, identifique-se logo de início. Mas não exponha seus dados pessoais: CPF, RG e outros.
  • Dispense as fotos: não é usual, tampouco recomendável anexar fotos no documento, exceto quando solicitado pelo recrutador. Afinal, o que está sendo analisado, neste momento, são seus conhecimentos e experiências; não sua aparência
  • Destaque sua área de interesse: lembrando que deve haver objetividade, é essencial que a área em que você tem interesse esteja no início do documento. 
  • Tenha foco: para que tentar atuação no campo da Administração se sua formação é Engenharia, por exemplo? Sem coesão você estará descartado logo no primeiro momento.
  • Qualificações: destina-se apenas aos profissionais com experiência mínima de 3 (três) anos. Aqui você ira resumir toda sua carreira com informações sobre as qualificações, habilidades, vivências profissionais e conhecimentos (certificações e prêmios). Você tem até 3 linhas para se vender, mas não minta!
  • Descarte os cursos que não estão relacionados à vaga: priorize as informações que realmente fazem diferença. Se você concluiu o Ensino Superior, não é necessário incluir os dados do Ensino Médio, por exemplo.
  • Experiências Profissionais: Para não estender demais seu currículo, priorize a descrição dos últimos empregos. Caso a empresa não seja tão conhecida, faça uma breve referência de sua atividade. Inclua também o mês e o ano, tanto do início como do fim da contratação. Os resumos das atividades profissionais devem ser optados apenas pelos profissionais que não apontaram o resumo de suas qualificações.
  • Cuidado com erros ortográficos e gramaticais: fique atento para não cometer erros de ortografia, concordância e até mesmo de digitação. Qualquer deslize pode demonstrar falta de cuidado ou zelo no preparo do documento. Além do mais, o domínio da Língua Portuguesa é requisito básico para qualquer vaga. A dica, portanto, é: revise, revise e revise. Recorrer à ajuda de amigos para reler o currículo também pode ser válido.
  • Pretensão salarial: a indicação da pretensão salarial também é dispensável. Esse é um assunto confidencial, que deve ser discutido no ato da entrevista. Mas, caso solicitado, analise o mercado e faça uma oferta compatível ao valor aplicado – nem maior nem menor. Enfatize também a disposição por futuras negociações.
     E para complementar a informação, encontra-se disponível no link abaixo, diferentes modelos de currículo. Escolha o seu e mãos à obra!

                           7 Elementos desnecessários em seu currículo

A IMPORTÂNCIA DO SABER


     Temos ouvido falar sobre a necessidade de construir conhecimento, algo que não é novidade: cresci ouvindo isso. Mas a realidade brasileira, infelizmente, desde seus tempos remotos embasa-se em princípios não fundamentados. Mas afinal, você gosta de história? Bem... eu sim!

     Antigamente, investir em educação, de maneira que todos, igualmente tivessem acesso ao conhecimento dos fatos era algo "desnecessário". Vejamos, dados transformam-se em informação, que gera conhecimento de algo, que nos leva à inteligência. Para o monopólio da época, havia o seguinte raciocínio lógico: quanto mais se soubesse, menos poder a nobreza exerceria sobre a sociedade. Ou seja, não havia interesse em seres capazes de raciocinar, inteligentemente, estando aptos assim, a tomarem decisões; desejava-se aquele que tão somente executasse o que lhes fora ordenado sem que questionassem nada - manda quem pode, obedece quem tem contas a pagar -, é o novo dito!
     Passaram-se os tempos e hoje chegamos ao século XXI... no entanto, parece que o Brasil ateve-se ao período de feudalismo.  A verdade é que muita coisa que vivemos hoje é reflexo do passado! A começar por exemplo, com a relação Brasil X Exterior: nossa cultura é mostrada apenas pelo football, carnaval ou por suas belas praias. A própria ocupante do cargo de gestão do país desacredita na qualificação dos que aqui formam-se em suas profissões, tanto que foram convocados inúmeros médicos cubanos para virem para cá. Para que? Talvez o Spañol faria parte da grade escolar, a fim de que as aulas de gramática estivessem sendo compensadas. Aliás, devemos concordar: muitos nem falam, com fluência, sua "língua mãe"... querem aprender outras!
     Paralelo a esta concepção, entendo que os que por falta de competências são impossibilitados de estabelecer ordens, as executa.
     Entenda que possuir conhecimento como fonte de sabedoria é possuir um tesouro de imensurável valor. Afinal o que é fútil, certamente passará, mas o que é valioso permanece; o que hoje é visto como essencial, amanhã de repente não seja!
     Todos temos um CHA (Conhecimento = saber, Habilidades = saber fazer, Atitudes = saber ser). Como você tem administrado isso? O que você transfere de conhecimento? Com que habilidades faz isso? Suas atitudes são inovadoras, de modo que se consiga atingir as expectativas? 
     Tente estabelecer relação entre essas competências; busque aprender coisas novas; aperfeiçoar o que se sabe. Lembre que ainda que se fale em democracia, o domínio ainda é de monopólio. O objetivo permanece o mesmo: dominar os menos sabidos. Busque adquirir conhecimento!

     "Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre".
                                                                                                - Paulo Freire
   

   

terça-feira, 17 de março de 2015

SEGURANÇA NO TRABALHO, RESPONSABILIDADE DE QUEM?

     Ao sair de casa para o trabalho, a expectativa que se tem é que este trabalhador retorne ao fim do dia da mesma forma de antes: INTEIRO. Mas... nem sempre os responsáveis conseguem garantir isto. E quem são eles? Calma, aos poucos chegaremos lá! Primeiro precisamos entender um pouco mais da história:
     Desde o século XVI já ouvia-se falar sobre assuntos inerentes ao trabalho e segurança. Em 1700, Bernardino Ramazzini publicou sua obra, tendo como base um estudo que abrilhantou o trabalho de grandes mentes da medicina ao longo do tempo.
     Surge a Revolução Industrial, por volta de 1760, na Inglaterra. Com tantas máquinas a serem operadas, o artesão e sua família passaram a trabalhar nas fábricas. Provavelmente, houveram acidentes!
     Somente em 1802, também na Inglaterra, houve aprovação da 1ª (primeira) lei de proteção aos trabalhadores; ficando assim estabelecido que a jornada de trabalho seria de 12 horas por dia, proibindo o trabalho noturno. Ou seja, antes disso as empresas faziam o que quisessem.
     Já o Brasil, como sempre atrasado, passou a fazer parte da história da Segurança no Trabalho só em 1891, quando uma Lei protecionista que tratava as relações do trabalho infantil foi criada, em 23 de Janeiro.
     Em 1990, há uma atualização no quadro funcional do SESMT. A partir de então, constituído por:

  • Engenheiro de Segurança do Trabalho;
  • Médico do Trabalho;
  • Enfermeiro do Trabalho;
  • Auxiliar de Enfermagem do Trabalho;
  • Técnico de Segurança.
     Estes então, são os "reguladores" da Segurança do trabalho. Devemos ter consciência, no entanto, que cada indivíduo é responsável pela segurança de todos!
     Então quer dizer que quem deve manter a segurança não é o Técnico de Segurança? Digamos que não sozinho, cada colaborador terá seu grau de participação para a prevenção de eminentes riscos. Como assim? Simples, se o funcionário tem ciência que é necessário o uso de EPI para não haver descarga elétrica, por exemplo, para quê levar um choque? O Técnico de Segurança não vai estar em todos os lugares ao mesmo tempo só para inspecionar seus serviços. Trata-se de senso: você foi contratado para gerar lucros à empresa, mas há também a preocupação de que a expectativa inicial seja atendida. Lembra-se qual é? Retornar INTEIRO para casa.
     Para tanto, existe um setor que destina-se somente a isto. Você sabia? Talvez você diga: Claro que sim, o QSMS. Estou certo que você, caro leitor, presta serviços a uma grande empresa, pois em organizações familiares, os responsáveis são os profissionais de Recursos Humanos. Nossa! Quantas atribuições têm essa gente de RH...
     Realmente, afinal, cabe salientar que RH tem a missão de enxergar pessoas como muito mais que mão de obra, como recursos, como seres humanos. A responsabilidade é grande. Infelizmente, ainda hoje se tem um RH pouco estratégico, mas há esperança de que isto mude. É necessário!
DEPENDE DE VOCÊ...
     


domingo, 15 de março de 2015

RH: O QUE É?

   

     Um dia desses, perguntaram-me se RH trata de Relações Humanas, na verdade sim. No começo da história da Administração, cada indivíduo executava suas operações de maneira contínua e repetitiva. Para se ter ideia, pensava-se na implementação de uma máquina que pudesse alimentar o funcionário sem que este necessitasse interromper suas atividades.
     Ao longo do tempo, foi percebido que o ser humano era social - ora, mas claro que sim - Naquele tempo não! Elton Mayo então, fez testes na linha de produção na busca por variáveis que influenciassem positiva ou negativamente a mesma. Tinha início a Teoria das Relações Humanas. Mayo pôde concluir que:  
  • O ser humano não pode ser reduzido a um ser cujo comportamento é simples e mecânico;
  • O homem é, ao mesmo tempo, guiado pelo sistema social e pelas demandas de ordem biológica;
  • Todos os homens possuem necessidade de segurança, afeto, aprovação social, prestígio e autorrealização.
     A partir de então as pessoas tiveram sua valorização; ainda mínima, mas comparado a antes, já valia...
     Mas, em determinado momento, na Teoria das Relações Humanas, há uma divisão. Surge a teoria dos Recursos Humanos, que vê o ser humano como detentor de necessidades psicológicas complexas e não como um ser passivo que pode ser estimulado e controlado a partir de estímulos como as Relações Humanas descreviam até então.
     Okay, mas o que são Recursos Humanos, afinal? Para melhor contemplarmos o assunto, devemos entender que o RH representa mais que um simples departamento: uma unidade de negócios. 
    Vejamos os Recursos Humanos como um Sistema de Gestão Integrado: para o bom funcionamento da organização deverá haver sinergia entre todos os seus departamentos. A responsabilidade de fazer com que isto ocorra será diretamente do Gestor de RH.  
    Contudo, existem empresas onde o RH é apenas um agente de motivação. Etimologicamente, motivar, do Latim moveres, mover, estaria ligado ao sentido de orientar alguém para algum objetivo. Mas o que acontece quando quem "motiva" não tem conhecimento nem mesmo da missão, visão e valores da empresa? Muito simples: perde-se tempo, primeiro que motivação é algo intrínseco - cada indivíduo possui ou não - é impossível motivar alguém. O que ainda pode-se fazer é "aplicar injeções de ânimo". Segundo, muitas vezes, os colaboradores buscam melhores condições de trabalho. Pois ainda existem empresas na era clássica da Administração, onde a periodicidade com que cada um vai ao banheiro é regulada, por exemplo. Sendo assim, falar de uma coisa quando o problema, na verdade, é outro é totalmente dispendioso.                                              
  Sintetizando o assunto, o maior desafio do RH é alinhar competências individuais às organizacionais. Isto é, sua função é de "ponte" entre empregado X empregador.
    Na atual forma de gerir os recursos organizacionais, sendo estes Humanos, Mercadológicos e Administrativos, as empresas buscam a valorização de seus colaboradores. Entenderam, afinal, que o mais importante são as pessoas.
      O departamento de Recursos Humanos encontra-se em nível estratégico. Aja com tal pensamento. Lembre-se, pois: a atuação do RH não deve ser mais processual do que estratégica. Se sua empresa ainda vive uma realidade diferente disto, apresente o verdadeiro RH a quem for de direito!

sábado, 14 de março de 2015

O PAPEL DO GESTOR

   

     Na verdade, muitas são as opiniões, todos querem falar sobre gestão de pessoas no âmbito empresarial. Porém, verdade é que, alguns acham que entendem sobre determinado assunto que nem mesmo lhes compete. Cabe salientar, no entanto, que há diferença entre entender e saber:

  • ENTENDER: refere-se à maneira de pensar, ao entendimento: ao meu entender;
  • SABER: Ter conhecimento; ficar ou permanecer informado; possuir conhecimentos determinados. Ex.: saber cantar.
     Observe que um verdadeiro cantor não apenas sabe as teorias musicais, mas as põe em prática. Assim deve ser com os atuais gestores. Mas o que faz um gestor? O que é Gestão? 
  • O Gestor estará diretamente ligado a liderança de um grupo em determinada empresa. Afinal, ele é um líder e não chefe!
  • Gestão é o não tão simples processo de alinhar pessoas, a fim de que estas alcancem os objetivos comuns de forma eficiente e eficaz. Comumente, através do Planejamento, Direção, Controle e Ação. 
     Finalmente assim, é possível dimensionar a responsabilidade de ser gestor não é mesmo? Bem, existem diferentes tipos de liderança, saiba que ordenar, simplesmente, não é a melhor maneira de gerar resultados. Você, gestor, pode ajudar no crescimento da organização, mas também tem poder para levá-la ao fracasso total!