quinta-feira, 14 de maio de 2015

REMUNERAÇÃO

Análise Crítica de uma Política de Remuneração em tempos de Crise

Por Patrícia Flôres, psicóloga, especialista em Remuneração




     A remuneração sempre foi um tema difícil, mas necessário, para ser abordado nas empresas. Encontrar a forma justa e eficaz de remunerar adequadamente os colaboradores sempre foi um grande desafio, ainda mais em tempos de crise, onde se faz necessário que a Remuneração seja um fator de motivação e de engajamento. Mas como fazer isso?
     Para Pontes (2004) “o salário é uma demonstração objetiva do quanto a empresa valoriza o trabalho de seus funcionários”. Principalmente quando a empresa consegue criar uma aliança com o colaborador, onde esta relação é de ganha-ganha. A empresa ganha em rentabilidade e é compartilhado esse ganho com o colaborador.
     Dentro do conceito de remuneração há variadas formas de calcular o salário do colaborador, sendo assim, o profissional de cargos e salários (Remuneração) deve, em primeiro lugar, analisar quais são os pontos fortes e fracos da empresa, de sua política de remuneração, de sua tabela salarial e conhecer os objetivos da empresa além do orçamento disponível para tal empreendimento.
     A partir daí, analisar qual o melhor modelo que se aplica a realidade da empresa.
     Em épocas de crise, sempre será a melhor o tipo de Remuneração que tem foco nas pessoas, valorizando seus talentos e competências. Principalmente em suas entregas e resultados, o que é gratificante e altamente estimulante para os colaboradores que veem em seu trabalho o reconhecimento e com isso trabalham com maior felicidade, logo, produtivos.
     Investir em um ambiente de trabalho seguro e com educação continuada também fortalece o vínculo entre empresa e colaborador, aumentando sua satisfação e sua entrega de resultados. A função da área de Gestão de Pessoas é garantir um clima organizacional positivo, de modo a contribuir para o desenvolvimento da empresa e dos colaboradores que lá estão.

sábado, 9 de maio de 2015

FÉRIAS

Essa semana tiveram uma dúvida comum. Hoje iremos esclarecer as obrigações do empregador quanto as férias.


     Primeiramente, precisamos saber que as férias são caracterizadas por 5 (cinco) princípios:
  1. Anualidade: o gozo das férias passa a ser direito do empregado após 12 (doze) meses de relação contratual sem prejuízo.
  2. Continuidade: as férias sofrem limitações de fracionamento, devendo ela ser de 30 (trinta) dias consecutivos.
  3. Remunerabilidade: Goza o empregado de ter seu período de descanso remunerado integralmente, considerando salário fixo e salário variável. 
  4. Irrenunciabilidade: Não pode o empregado renunciar as férias e desejar “vendê-las”, deve-as gozar. 
  5. Proporcionalidade: Em razão das férias sofrer com a redução, por conta de excesso de faltas, a mesma pode ser proporcional.
     Este último, deu origem ao questionamento:  é correto o desconto de faltas no pagamento de férias? NÃO! A relação de faltas deverá incidir sobre a quantidade de dias a ser gozado. Existe até uma tabela que trata desta proporção. Vejamos:


NÚMERO DE FALTAS
NÚMERO DE DIAS  FÉRIAS QUE O EMPREGADO TERÁ DIREITO
Até 05 faltas no período
30 dias corridos de férias
De 06 a 14 faltas no período
24 dias corridos de férias 
De 15 a 23 faltas no período
18 dias corridos de férias 
De 24 a 32 faltas no período
12 dias corridos de férias
Acima de 32 faltas no período
O empregado perde o direito à férias

quarta-feira, 6 de maio de 2015

NA ENTREVISTA... O CORPO TAMBÉM FALA

    
     Hoje falaremos sobre um assunto muito importante para os candidatos em geral, sejam eles desempregados procurando recolocação ou empregados procurando novos ares. O assunto abordará questões sobre o nosso corpo, que fala tanto quanto nossa voz.
     Somando minha experiência, com algumas pesquisas em sites como Revista Exame, pude perceber e entender, que saber controlar o corpo, é significativo e decisivo em uma entrevista de emprego.
     Já pensou, perder o emprego dos seus sonhos, por ter se mostrado desinteressado, mesmo isso não sendo verdade? E se você fosse eliminado por ter se mostrado bom demais sem perceber? E ter sua chance interrompida porque pareceu estar encarando e intimidando o entrevistador? Creio que nenhum de nós gostaríamos de passar por isso, não é mesmo? Por isso estamos aqui hoje, para dar orientações de como saber utilizar o seu corpo, a fim de que sua carreira não seja interrompida por simples erros que poderiam ser evitados.

Vamos lá:

1.       Seus olhos
Ao ser entrevistado, olhe nos olhos do entrevistador. Mas tome cuidado em como olhar. Não olhe como se estivesse “queimando o indivíduo com os olhos”. Desvie no momento certo, mas não com muita frequência, pois se fizer, poderá mostrar desinteresse, medo e nervosismo.

2.       Posição da cabeça
A cabeça precisa estar erguida em linha reta. Nunca para baixo, para não mostrar que “está em outro ambiente” e nunca acima para não mostrar prepotência. Já ouviu a expressão de nariz em pé? Então, cabe nessa explicação.

3.       Postura ao sentar
Se estiver sentado, encontre a melhor posição e fique à vontade. Claro, ficar à vontade não é abrir as pernas, deitar na cadeira e pedir um refrigerante. Mas é simplesmente estar bem e confortável.
Não sente na beira da cadeira. Isso demonstra que você quer ir embora. E sua postura deve ser ereta, mas não tanto, porque ninguém normalmente fica totalmente ereto quando está sentado. Isso passa perfeccionismo.

4.       Gestos
Cuidado com os gestos. É preciso equilibrá-los. Conversar com gestos pontuais é proveitoso, pois enriquece a comunicação. Mas se gesticular muito, poderá poluir.

5.       Braços e mãos
Seus braços não podem estar cruzados. Mostra muita seriedade, inibidez e que você não está gostando muito da conversa. Relaxe os braços, ponha no apoio da cadeira. Caso a possibilidade seja apenas a mesa, apoie, mas cuidado com as mãos. Nada de entrelaçar os dedos. Ponha uma próxima a outra e movimente-as bem levemente enquanto fala.

6.       Pernas e pés
As pernas são muito importantes na entrevista. Apesar de estar “abaixo” e possivelmente escondida, ela gera uma imagem de quem você é ou de como está. Bom, não fique de pernas cruzadas. Isso mostra seriedade demais e que você não entrou no clima. Já pernas abertas (não tão abertas, por favor), mostram que você está mais tranquilo e a vontade para responder o que for necessário. Quanto aos seus pés, não os balance. Se perceber, pare. Balançar os pés mostra, muitas vezes, o desejo de querer ir embora.

7.       Humor
Ah, o humor. Esse exalta e abate. O humor não faz parte do corpo, mas é transmitido pela voz e principalmente pelo sorriso. Ao sorrir, faça naturalmente e de forma simpática. Entenda que sorrir é diferente rir que é diferente de gargalhar. Em uma entrevista, apenas sorria. Se ocorrer de evoluir a conversa, ria, mas nunca, jamais, gargalhe. Isso mostra que você está “fora de si”. Brincadeira, mas mostra que você está mais a vontade do que deveria estar. Não faça brincadeiras sem sentido. Piadas não são bem vindas, exceto piadas inteligentes e que façam pontuar positivamente no momento. Em contrapartida, não fique sério o tempo todo. Ninguém gostaria de contratar uma pessoa que parece não estar de bem com a vida. Ser sério não é ser antipático. Nesse caso, ter humor, é ser simpático.

8.       Vícios de linguagem
Um dos maiores males para nova geração. Faço parte dela. Geração Y. Uma geração tecnológica, cheia de coisas novas, gírias e vocabulários. Os mais “maduros” sofrem menos. Os mais novos precisam se policiar e tomar cuidado ao responder ou perguntar algo ao entrevistador. Gírias não são bem vindas. Já imaginou se o entrevistador responde todas elas? “Vou meter o pé (aonde?) / Tem que ver maluco (tu que é) / eu tinha um bagulho (que isso rapaz) / Tipo assim (Hum?) / Era sinistro (imagino...) / Fiquei bolado (“desbola”, meu filho) / pô cara (já está me chamando de cara...) / “Né” repetitivas vezes (aham, aham, aham) / “Entende?” repetitivo também (entendo, claro, a todo instante) / “Vou vazar..” (Ah, virou cano agora...) etc. Uma dica: Leia e enriquecerá seu vocabulário.

9.       Cumprimento
Ao sair do processo, cumprimente o entrevistador. Não aperte a mão com força para não mostrar rispidez. Também não afrouxe para não mostrar medo e preciosismo. Cumprimente com firmeza e prudência. Isso mostrará confiança!

     Ao ver esses pontos, concluímos que existe importância em nosso corpo em um momento tão importante como a entrevista de emprego, por exemplo. Mas não para por aí... Precisamos nos conhecer, para então ajustarmos nossos erros, falhas e ações naturais. Espero ter contribuído para sua vida profissional e futuros processos seletivos!

 Nunca se esqueça: Antes de usar a voz, você já está conversando.

Ótimas entrevistas e sucesso!!

segunda-feira, 4 de maio de 2015

TERCEIRIZAÇÃO


Afinal, será que a terceirização ameaça a CLT?

     Ainda há pouco tempo, a questão tinha seus padrões bem claros. Terceirizar a mão de obra fim, por exemplo, era algo que não se podia fazer. Mas e hoje? Saiba mais...